domingo, 15 de setembro de 2013

Secos & Molhados

É difícil para a nova geração mensurar o que os Secos & Molhados representaram para a época e para todos nós que estamos aqui. A década era de 70 e o Brasil vivia as cores cinza da repressão do Governo Médici.  Ney Matogrosso, João Ricardo e Gerson Conrad  quebraram a caretice e levaram às últimas consequências a antropofagia musical do movimento tropicalista com performances musicais e cênicas sem precedentes agregando teatro, mpb, rock, folclore português, poesia e androginia.
Tornaram a maior manifestação da estética “glitter” no país e causaram furor entre público e crítica.


Sempre na lista dos melhores discos da história da música brasileira, o álbum Secos & Molhados, lançado em 73 e sem nenhum single para promover o álbum, foram vendidas 50 mil cópias em apenas um mês. Noticiou-se que 21 das 25 prensas da Continental trabalhavam exclusivamente para a produção do LP, representando assim 90% das vendas da gravadora. Em números não-oficiais, falava-se na venda de 1 milhão de discos. 
Em 2011 o jornal Folha de SP fez uma enquete com artistas e personalidades para escolher a melhor capa de disco da história da música brasileira e o álbum Secos & Molhados foi o eleito.


Agora, 40 anos depois, o site RockInPress convidou 13 artistas e bandas para criarem suas versões das faixas originais do LP lançado em 73. No player abaixo vc pode escutar  a versão de "Assim Assado", com a  Banda Mais Bonita Da Cidade.





Recentemente Ney Matogrosso doou ao Centro Universitário Senac - Campus Santo Amaro, 220 figurinos de seus shows, onde 30 deles foram selecionados e restaurados para uma exposição que aconteceu ano passado. Hoje os figurinos encontram-se à disposição para pesquisas na biblioteca do Campus da Universidade.


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