Claudia G.: Nossa ligação atávica com o primitivo e a necessidade da re-ligação(leia-se religiosidade) pontua o exato sentimento de inclusão psicocológica na contextualização da aprovação do outro para pertencermos ao todo social. Talvez isso explique a veneração da moda contemporânea pelas padronagens que lembram peles e pêlos,nas mais diversas interpretações. Os bichos quase sempre se agregam por espécies que se diferem umas das outras por caracteres fenotípicos. Nós também queremos ser identificados por grupos aos quais gostaríamos de pertencer. Talvez a roupa que elencamos, para nos parecer mais seguras da nossa personalidade, seja nossa pele-animal que transmite uma essência pessoal e uma seleção natural de outras tribos diferentes da nossa.(O que não nos impede compartilharmos pensamentos e olhares distintos . Quando eu e você nos olhamos no espelho, pense ,talvez busquemos nosso encontro com esses afins. A vida se torna mais fácil quando conhecemos a nós mesmos um pouquinho melhor todos os dias.Que bom sair por aí vestindo nossa transparência interior e mostrando a nós mesmas nossas forças mais primitivas.