Muitas pessoas saem repetindo que o parisiense é insuportavelmente hostil a turistas. Não concordo.
Uma coisa é visitar Paris e a outra é viver nela, e todos sabem que é a cidade mais visitada do mundo. Então acompanhem meu raciocínio, - milhões de turistas pedindo informações, ou seja o que for, em qualquer língua, a qualquer momento: no seu caminho para o trabalho (e você está atrasada!), no restaurante ( e o local está apilhado de gente inquieta e barulhenta), na hora do seu passeio com seus pets (e eles estão puxando você para lados diferentes) e no metrô lendo seu jornal ou livro na ida para a faculdade escutando aquela música que não sai mais de seu iphone.
Isso todas as horas do dia, todos os dias da semana, todas as semanas do mês... enfim...MERDE!!!!
E ainda por cima na língua de seu arquirival desde sempre Henry V.
Por essas razões compreendo e tolero uma ou outra atitude casmurra. Mesmo na primavera, mas eu continuo a amar essa cidade com sua elegância e savoir faire.
Tudo se reduz a um aplomb sem afetação. Simplicidade com um toque de irreverência quem sabe. Moda ou gatronomia - patrimônio da humanidade.
E o amor à cidade luz - dos pensamentos? Ali é que nos apaixonamos pelos detalhes, porque nunca se conhecerá Paris por completo. Sempre você será surpreendido com um bonjour de um passante, uma informação delicada (caso você se esforce em falar francês ou "mimiquês", biensür)
Podem não serem muito sorridentes, mas são extremamente educados.Coisa que já não se vê mais nas relações interpessoais de outras grandes capitais onde a cordialidade deu lugar à frieza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário